CrowdStrike: grave apagão cibernético afeta a Microsoft e provoca tela azul
A CrowdStrike é a companhia de cibersegurança responsável pela Falcon, uma ferramenta utilizada pela Azure
Um grande apagão cibernético ocorrido na noite de ontem (18) na empresa de cibersegurança CrowdStrike gerou um caos em várias partes do mundo. O problema causou indisponibilidade de vários serviços como bancos, bolsas de valores, emissoras de televisão e companhias aéreas.
A CrowdStrike é a companhia de cibersegurança responsável pela Falcon, uma ferramenta utilizada pela Azure, sistema de computação em nuvem da Microsoft. Por causa disso, vários sistemas da big tech estão fora do ar.
No caso do Brasil, de acordo com o Down Detector, há relatos de instabilidade em serviços como Microsoft Store e Microsoft 365, além da própria Azure.
De acordo com George Kurz, CEO da CrowdStrike, a queda aconteceu por causa de uma atualização. “Isso não foi um incidente de segurança ou um ciberataque”, disse o executivo no X (antigo Twitter).
Kurtz complementou que o problema foi identificado e um update de correção foi implementado.
Além de empresas aéreas, diversas outras gigantes tiveram problemas. McDonald’s, NHS (sistema de saúde do Reino Unido), canais de TV da Paramount como MTV e VH1, Sky News, e Visa e Xbox estiveram na lista dos afetados.
E como a Microsoft é um dos principais clientes da CrowdStrike, várias plataformas da companhia ficaram fora do ar. Dentre elas: Microsoft Defender, Teams, Microsoft Defender para Endpoint, Intune, OneNote, OneDrive e SharePoint.
Em uma escala bastante menor, o caos também afetou os aeroportos no Brasil. O editor do Voxel, Mateus Mognon, viajou nesta manhã no trecho Chapecó (SC) - Campinas (SP) - Campos dos Goytacazes (RJ). Em Viracopos, em Campinas, ele disse que a situação estava caótica.
"Os funcionários estavam dizendo para todos os lados que estavam 'sem sistema'. O vôo atrasou por causa disso também e o piloto disse que o sistema tava fora e não conseguiam emitir certos documentos do voo", relatou. Por causa disso, estavam sendo emitidos bilhetes de embarque escritos à mão.
De acordo com relatos das empresas afetadas, uma atualização do provedor de segurança da CrowdStrike foi o problema. A atualização para um driver de kernel acabou não funcionando corretamente e gerou uma reação em cadeia de falhas.
Ao invés de este update funcionar normalmente, ele acabou corrompendo e forçando os computadores a entrar em um loop de reinicialização. Os PCs acabaram apresentando a temida e famosa tela azul, o que impediu o uso das máquinas.
Como a Microsoft é uma das principais clientes do programa Falcon, somente computadores com Windows registraram as intermitências. Ou seja, aparelhos com Linux e Mac não tiveram nenhum tipo de bug.